SEXO, DROGAS E
COMUNISMO
1.
O HOMEM
O homem é um ser biopsicossocial, o que significa que seu
comportamento é influenciado pelas instâncias biológica, psicológica e social.
A instância biológica apresenta-se através de toda a
estrutura e funcionamento do corpo humano, com todos os seus aparelhos, como
digestório, circulatório, neurológico, endócrino, etc.
A instância psicológica inclui vivências, traumas,
experiências pelas quais passamos e que são interpretadas de modo individual.
Ou seja, enquanto na instância biológica o organismo tende a funcionar de forma
metódica, na instância psicológica cada pessoa pode reagir de maneira diferente
diante da mesma experiência. Por exemplo, uma pessoa que leve um choque elétrico
vai ter uma série de reações fisiológicas que são praticamente iguais em todas
as pessoas, e que, dependendo da intensidade do choque, pode levar até à morte.
Porém, sobrevivendo ao choque, essa pessoa pode reagir de várias maneiras:
chorar, paralisar, rir de si mesmo, ficar com raiva, xingar, etc.
A instância social abrange todos os relacionamentos que
temos dentro do círculo social, com as pessoas que convivemos. A necessidade de
aprovação e de pertencimento faz com que o homem valorize muito a opinião de
seus semelhantes. O modo como o grupo reage a uma pessoa interfere diretamente
no comportamento dessa pessoa. Do âmbito social nasce a cultura. Segundo Edward
B. Tylor, a cultura é um complexo que inclui o conhecimento, as crenças, a
arte, a moral, a lei, os costumes e todos os outros hábitos e capacidades
adquiridos pelo homem como membro da sociedade. Para Freud a cultura é a
responsável pela formação do superego, que é exatamente a introjeção dos
valores recebidos dos pais e da sociedade a fim de receber amor e atenção.
2.
O SEXO
Pensando isoladamente na biologia o sexo foi desenvolvido
pela natureza para assegurar ao homem um preceito garantido a todos os seres
vivos, animal ou vegetal: a perpetuação da espécie.
A busca pela perpetuação se dá de maneiras parecidas ou
diferentes dentre as mais variadas espécies existentes no planeta Terra.
No homem ela aparece no funcionamento dos sistemas
reprodutor masculino e feminino que, trabalhando de modo diferente em cada
sexo, garantiu até hoje que a espécie humana não fosse extinta.
A produção de hormônios presente no organismo masculino,
especialmente a testosterona, é responsável tanto pela produção de
espermatozoides como pelos impulsos sexuais. Um índice de testosterona abaixo
do normal pode levar, dentre outras consequências, à redução da fertilidade e à
diminuição da libido, ou seja, do desejo sexual.
Os hormônios femininos, progesterona e estrógeno são
responsáveis pela regularidade do ciclo menstrual, dentro do qual acontece a
ovulação. O aumento súbito da produção de estrógeno leva à ovulação, que vem
acompanhada de maior sensibilidade a odores e aumento do desejo sexual.
Esquecendo a cultura, valores e crenças, olhando somente
para o lado biológico, parece que a natureza armou o ser humano para garantir a
perpetuação da espécie. Inclusive munindo o homem com hormônios que o levam a
ter impulsos sexuais mais frequentemente que as mulheres. Parece que a natureza
preparou o homem para fecundar várias mulheres, enquanto as mulheres foram
preparadas para carregar e nutrir a prole.
Psicologicamente a natureza presenteou o ser humano com o
orgasmo. Algumas pessoas afirmam que a função do orgasmo seria somente de
facilitar a fecundação. No homem o orgasmo, obviamente, serviria para liberar
os espermatozoides. Já na mulher os movimentos orgásticos serviriam para
facilitar a condução do espermatozoide até o óvulo. Porém, após a resolução do
orgasmo, há um aumento da produção de um neurotransmissor chamado serotonina,
que tem uma ação sedativa e calmante, levando a aquela sensação de bem-estar
que normalmente ocorre nesse momento.
Na Teoria do Reforço, formulada por Skinner, o comportamento
das pessoas pode ser influenciado e controlado através do reforço (recompensa)
dos comportamentos desejados. Parece que a natureza percebeu isso antes de
Skinner, afinal ela equipou a atividade sexual, responsável pela preservação da
espécie, com um ótimo reforço, o orgasmo e a sensação de prazer.
Socialmente, as mais variadas culturas modificaram muito o
comportamento sexual do ser humano. Houve épocas nas quais o relacionamento
sexual era absolutamente reprimido, como no ocidente durante a Idade Média. Já
várias culturas orientais incentivavam um homem a ter várias mulheres. Cada
comportamento cultural tem razões específicas que não cabe aqui aprofundar.
Hoje o comportamento considerado normal dentro da sociedade
ocidental é um homem e uma mulher compartilhando a mesma casa, com direitos
legais de compartilhar (ou não) os bens e herança da família e que não tenham
relacionamentos paralelos (fidelidade). Embora esse modelo esteja sendo
bastante questionado na atualidade.
3.
DROGAS
Droga é qualquer substância capaz de modificar a função dos
organismos vivos, resultando em mudanças fisiológicas ou de comportamento. Sua
história confunde-se com a história do próprio homem. Segundo registros, elas
existem desde os primórdios da experiência humana e eram usadas para os mais
variados fins, desde a cura de doenças até a busca das sensações de humor, paz
ou excitação.
Falaremos aqui das drogas ilícitas.
Biologicamente o efeito das drogas acontece no Sistema
Nervoso Central, modificando as atividades psíquicas. As drogas depressoras,
como o álcool, o ópio, a morfina e a heroína, diminuem a atividade do sistema
nervoso atuando em neurotransmissores específicos. As drogas alucinógenas, como
o LSD, o ecstasy e a maconha, ocasionam uma modificação da percepção em maior
ou menor grau. As drogas estimulantes, como a cocaína, o crack e as
anfetaminas, produzem aumento da atividade pulmonar, diminuem a fadiga e deixam
os sentidos mais ativados.
O uso de drogas leva à dependência física, caracterizada por
necessidade de doses cada vez mais altas para atingir a mesma sensação das
primeiras, e pela síndrome de abstinência, reações desagradáveis no organismo
causadas pela ausência da droga. Dentre os sintomas da síndrome de abstinência
estão tremores, ansiedade, alterações cardiovasculares, febre, alucinações,
sudorese, insônia, náuseas e dores generalizadas.
As drogas também causam dependência psíquica. Como o
orgasmo, um dos efeitos das drogas é incentivar a produção de
neurotransmissores que levarão a uma sensação de prazer. Ao conseguir atingir a
sensação buscada ao se ingerir ou usar a droga, a pessoa recebe o reforço que a
estimula a repetir a ação.
Além disso, outro reforço encontrado no uso de drogas é o
sentimento de pertencer e de ser aceito dentro de um grupo.
Outra característica psicológica das drogas é o fato de que
o usuário, ao utilizá-la, afasta-se de problemas que ele não quer, ou acredita
ser inapto para enfrentar. Muitas pessoas também alegam usar drogas para
esquecer algum fato desagradável de seu passado.
Socialmente as drogas tem várias finalidades. Em muitas
culturas, especialmente a ocidental, é raro um grupo de amigos encontrar-se e
não haver nenhuma espécie de droga presente, mesmo que seja algo com baixo teor
alcoólico como a cerveja. A maioria das drogas são utilizadas durante ou antes
de algum evento social. Até a nicotina pode ser usada com o argumento que a
pessoa fica mais articulada e fala melhor com um cigarro entre os dedos.
Algumas pessoas costumam beber álcool ou até usar outras
drogas para quebrar barreiras de timidez e tomar coragem de se aproximar de
pessoas do sexo oposto ou de abordar algum assunto polêmico.
O meio social também influencia quando a pessoa deseja
afastar-se da droga, seja ela qual for. Normalmente essa pessoa tende a
abandonar o grupo social com o qual costumava usar a droga e passa a participar
de outro. Quando isso não acontece a tendência é que a proximidade da droga e do
ambiente no qual ela era usada o estimule a voltar a usá-la.
4.
COMUNISMO
Comunismo é uma ideologia política e socioeconômica que
pretende promover o estabelecimento de uma sociedade igualitária, sem classes
sociais e apátrida, baseada na propriedade comum dos meios de produção. Seria a
etapa final do socialismo, sendo este uma série de filosofias econômicas e
políticas que teriam como finalidade implantar o comunismo. O socialismo seria,
então, o caminho para se chegar ao comunismo.
Dentro do socialismo existem várias correntes filosóficas
que pretendem, cada uma a seu modo, chegar ao comunismo. Ao longo da história,
em vários países, houveram tentativas de implementação do socialismo, mas
nenhuma delas, até hoje, conseguiu chegar ao comunismo, afinal, nenhuma delas
conseguiu abolir o Estado.
Grosso modo, ao instalar-se o socialismo num país, a
intenção é de estatizar todos os meios de produção (fábricas, fazendas, etc.) e
distribuí-los igualmente entre a população.
O teórico mais conhecido é Karl Marx, que deixou vários
conceitos, dentre eles estão alienação e mais-valia. Porém o mesmo não fornece
uma descrição detalhada de como o comunismo poderia funcionar como sistema
econômico.
O primeiro país no qual foi instalado o socialismo foi a
União Soviética, em 1917, pelas mãos de Vladimir Lenin, no qual chegou-se a 20
milhões de mortos por consequência do sistema, sendo que 10 milhões dessas
mortes ocorreram durante o governo de Joseph Stalin, com a grande fome de
1923-1933, a perseguição política e a expansão dos Gulags (campos de
concentração para onde eram enviados os inimigos políticos do governo). Hoje chama-se Rússia, onde a primeira eleição
direta de sua história ocorreu em 1991, com a falência do sistema socialista.
A China tornou-se socialista em 1949 tendo como chefe
supremo Mao Tsé-tung. Lá se contabiliza 65 milhões de mortes através do que se
chamou de expurgos ou purificação. Dentro desse processo a regra era eliminar
(matar) todos os latifundiários e suas famílias, os religiosos e os contrarrevolucionários,
ou seja, qualquer um que se obstivesse ao sistema. Também eram condenados a
morte qualquer um suspeito de envolvimento com prostituição, jogatina,
sonegação, mentira, tráfico de ópio, ou de contar segredos do Estado.
Antonio Gramsci foi um jornalista italiano de tendências
marxistas que fundou o Partido Comunista da Itália. Gramsci criou a teoria da
hegemonia cultural, que descreve como o Estado deve usar as instituições
culturais para conservar o poder. Dentre os principais pontos de sua teoria
está a necessidade de criar intelectuais provenientes da classe trabalhadora
que ele denominava intelectuais orgânicos. Para ele, a instauração de um regime
comunista não podia se dar pela força, mas infiltrando-se, lenta e
gradualmente, a ideia revolucionária, sem jamais admiti-lo, sempre pela via
pacífica, legal, constitucional, entorpecendo consciências e massificando a
sociedade com propaganda subliminar.
Seguindo a teoria de Gramsci, no Brasil, percebemos o
domínio das ideias socialistas especialmente na cultura e na educação. Muitas
novelas, filmes, músicas, peças teatrais, entre outros, têm viés socialista.
Vemos essa tendência também dentro das escolas, nos livros indicados pelo
Ministério da Educação, no Plano Nacional de Ensino, nas questões que fazem
parte do ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio), sendo que este último direciona
os conteúdos à serem ensinados no ensino médio. Nas universidades o conteúdo
socialista está explícito, mesmo nas particulares, além de haver professores
que doutrinam abertamente.
5.
SEXO, DROGAS E COMUNISMO
Tudo isso exposto, posso, então, adentrar no assunto que me
fez começar a escrever.
A maioria de nós temos filhos ou pretendemos tê-los. Todos
sabemos que eles estarão expostos, inevitavelmente, a essas três coisas. É
claro que estarão expostos a muitas outras situações ao longo de suas vidas,
mas essas são inevitáveis, e a minha intenção é abordar esse assunto.
O sexo, como fator natural e forte no sentido de perpetuador
da espécie, será certamente experienciado por praticamente todos os nossos
filhos. É interessante, inclusive, pensar em como muitos pais abominam pensar na
ideia de que suas filhas fazem sexo, mas adoram os netos que têm ou gostariam
de ter.
Desde os tempos mais primórdios os pais falam de sexo com os
filhos, seguindo as crenças e hábitos de cada família, conforme sua própria
cultura e dentro da idade que acharem mais adequada. Há algum tempo a escola
também tomou para si essa função.
Eu estudei nos anos 80 e aprendi, nas aulas de biologia, a
respeito do funcionamento dos sistemas reprodutores, das doenças sexualmente
transmissíveis e dos métodos anticoncepcionais.
Hoje acredito que a coisa está extrapolando um pouco com
algumas escolas querendo ensinar sobre sexo na pré-escola e as práticas que tem
como finalidade orientar sobre tendências hetero ou homossexuais. E muitas
vezes não se limitam a simplesmente ensinar o conceito, mas usam dinâmicas que,
na minha opinião, podem influenciar os alunos.
Pode ser paranoia minha, mas percebo, através de observação
empírica, que após estas práticas terem início nas escolas, os adolescentes vêm
tendo muitas dúvidas sobre sua própria identidade sexual.
Além disso, um comportamento sexual fora do considerado
comum na nossa sociedade, parece estar sendo bastante reforçado nos últimos
tempos, e aí podemos nos lembrar do tio Skinner novamente.
Acho especialmente importante orientar as crianças em
relação ao risco de uma abordagem por parte de um pedófilo. Para isso não é
necessário explicar o que é sexo, quais as suas funções, etc. É importante que
se oriente que se alguém tocar na criança, se mostrar certas partes do corpo,
se ameaça-la por qualquer motivo, que ela conte aos pais e que confie neles
pois são eles as pessoas que mais a amam no mundo e as mais capazes de
protege-la.
Apresentei, no início, a função natural do sexo
heterossexual, biologicamente falando, como responsável pela perpetuação da
espécie. Algumas pessoas apresentam provas que há comportamento homossexual
entre outras espécies, o que já caracterizaria uma função psicológica, talvez
pela necessidade do reforço do orgasmo na ausência de uma fêmea disponível.
Porém o comportamento pedófilo entre animais, segundo minhas
pesquisas, somente foi observado entre os macacos bonobos, mesmo assim não
foram dados detalhes de como esse comportamento acontece e qual a idade do
filhote envolvido.
Biologicamente, os meninos estão entrando na puberdade,
quando os hormônios sexuais passam a ser produzidos pelo organismo, entre 13 e
16 anos, e as meninas, entre 12 e 15 anos de idade. Somente a partir daí eles
estão prontos para iniciarem atividades sexuais. Qualquer coisa que aconteça
antes dessa idade considero crime. Crime sim, pois se há vítima, há crime. Sim,
vítima, pois, para mim, alguém que não está fisicamente maduro para uma função
e não tem conhecimento a respeito disso, sendo literalmente abusada, é vítima
de uma violência.
A feminista Shulamith Firestone escreve em seu livro “A
dialética do sexo”, publicado em 1976, que para assegurar a eliminação das
classes econômicas, seria preciso a revolta da classe baixa (o proletariado) e,
numa ditadura temporária, a tomada dos meios de produção. Do mesmo modo, para
assegurar a eliminação das classes sexuais, seria preciso a revolta da classe
baixa (as mulheres) e a tomada do controle da reprodução. Ela afirma ainda que
assim como a meta final da revolução socialista não era apenas a eliminação do
privilégio da classe econômica, mas também a própria extinção da classe
econômica, também a meta final da revolução feminista deve ser não apenas a
eliminação do privilégio do homem, mas também da própria extinção sexual: as
diferenças nada mais significariam culturalmente. Segundo ela, teríamos uma
volta a uma pansexualidade livre, e a “perversão polimorfa” provavelmente
substituiria a hetero, a homo e a bissexualidade.
“Nossa meta final deve ser a eliminação das próprias
condições da feminilidade e da infância, que hoje conduzem a essa aliança dos
oprimidos, abrindo caminho para a condição humana totalmente humana”
(FIRESTONE, 1976, p. 123).
Ideias como as de Firestone têm incentivado alguns pedófilos
a admitirem suas tendências e a questionarem os limites morais de nossa
sociedade. Essa semana mesmo assisti um vídeo no Youtube no qual um rapaz que
dizia ter 23 anos defendia a pornografia infantil e argumentava que uma menina
de 6 anos ou menos deveria ter a liberdade de desfrutar do prazer sexual.
Partindo, também, de ideias assim, criou-se uma linha na psicologia social que
defende que o pedófilo não é um criminoso, mas sim doente. Sendo assim, segundo
esses psicólogos, o pedófilo deve receber tratamento ao invés de ser preso.
Repito o que escrevi acima, para mim, se há vítima, há crime. Se precisam de
tratamento que o recebam na cadeia, longe das crianças. Afinal, um assassino em
série não fica fora da cadeia por ser psicopata, mesmo a psicopatia sendo
reconhecida como doença.
Em relação às drogas, tenho certeza que todos conversamos
com nossos filhos a respeito de drogas. “Fique longe, não aceite, sempre diga
não”. Lembro-me que meus pais não falavam no assunto, mas temiam, pois nos
colocavam medos absurdos. Certa vez minha mãe me disse para não pegar nenhuma
bala das mãos de um menino, e para não dizer que poderia ser droga, o que
levaria a uma longa conversa, incomum naquela época, ela me disse que se eu
aceitasse e chupasse uma bala oferecida por um menino, poderia engravidar.
Eu era adolescente nos anos 80, meus pais nasceram na década
de 40, foram jovens na de 60. Era uma época diferente. Os pais não diziam “eu
te amo”, mas a gente sabia que eles amavam.
Eu estudava em uma escola pública pertinho da minha casa.
Nós saberíamos a quem pedir se quiséssemos drogas. Eu nunca experimentei.
Quando me ofereceram eu não quis, quando passava pelas angústias da
adolescência e estava vulnerável, por sorte, não havia nenhum deles por perto.
Com meu filho foi fácil, sempre conversei muito com ele.
Como eu trabalhava muito, tinha pouco tempo para ficar com ele. Por isso desde
seus 2 anos de idade tirávamos um tempo para ficarmos juntos, nem que fosse
meia hora por dia. Ao longo da nossa história esse tempo teve várias
denominações: hora da pipoca, hora do sorvete, hora do desenho, hora do
seriado, etc. Os nomes variavam, mas invariavelmente usávamos esse tempo para
conversarmos sobre nossa experiência ao longo do dia. E não era só ele que
falava, não, muitas vezes era eu que tinha necessidade de contar o que tinha
acontecido comigo naquele dia. Nessas conversas o orientei sobre muitos
assuntos e ele me deu muitas dicas, dicas que me calavam em sua simplicidade.
Por exemplo, eu reclamava do comportamento de alguém e ele simplesmente dizia
“não sei porque você se deixa afetar pelo comportamento dessa pessoa, você sabe
que ele sempre foi assim”! Ás vezes ele me falava com naturalidade, “fulano me
convidou para ir à casa dele, mas eu não vou, não, todo mundo sabe que ele fuma
maconha”.
Eu não tenho uma opinião formada sobre a liberação da
maconha. Já ouvi argumentos bons dos dois lados, os contra e os a favor. Tendo
a ser contra, por observar os danos que as drogas liberadas já causam em nossa
sociedade. Além disso, sempre penso que talvez algumas pessoas ligadas ao governo
pressionem tanto para liberar a maconha porque é muito mais fácil governar uma
nação emaconhada do que uma nação com cidadãos conscientes que reivindicam seus
direitos.
Para quem achava que sexo (antes da idade “ideal”) e drogas
eram as maiores ameaças às quais seus filhos estão expostos, este é um grande
engano.
A ideologia socialista/comunista está entranhada nas escolas
e na cultura brasileira. E a ameaça vem de pessoas que nós respeitamos e
ensinamos nossos filhos a respeitarem, os professores. Óbvio que não são todos,
mas muitos fazem isso, sim. Não sei se o fazem conscientes ou não, com más ou
boas intenções, mas o fazem.
A ideologia comunista impregnada na sociedade brasileira faz
uso da persuasão, muitas vezes abusando da ingenuidade e da confiança das
crianças e adolescentes, levando-os a comportamentos que muitos deles não
saberiam descrever o motivo. Além do mais, a adolescência é uma fase na qual há
a predisposição ao culto de mitos. O socialismo tem como características adorar
seus líderes como se fossem deuses (mitos).
Para mim, subverter adolescentes a qualquer ideologia, sejam
ela qual for, é uma violência equivalente à pedofilia. É abusar da ingenuidade
de alguém. Pensando melhor, é uma violência pior do que a pedofilia, afinal o
adolescente jamais vai admitir que foi vítima, afinal ele sabe tudo, entende de
tudo, melhor que qualquer pessoa mais experiente que ele... (sendo irônica).
Duas experiências me levaram a nunca ceder às ideias
socialistas. Sim, tive professores que mostravam a ideologia comunista como
algo lindo, o país no qual essa ideologia fosse implantada seria um paraíso
livre das mazelas do mundo. Porém um dos meus professores do ensino
fundamental, que na época se chamava ginásio, nos constou de que realmente se
tratava o socialismo. Descreveu o que acontecia na União Soviética e em Cuba. Estávamos
nos anos 80, em plena guerra fria, a Rússia ainda era comunista, o muro de
Berlim ainda estava em pé. Ele nos mostrou o outro lado e nos deu a chance de
escolher em que acreditar conhecendo todos os fatos, coisa que não sei se
acontece hoje, mas desconfio que só as “benesses” socialistas são apresentadas
aos nossos estudantes.
Naquele tempo não havia computadores, internet, google, nem
celulares. Era difícil conferir a veracidade de uma informação.
Durante a novela Roque Santeiro, que teve início em 1985,
após a morte do personagem do Maurício Mattar (a quem eu achava lindo!), fiquei
com raiva e decidi que não iria mais assistir TV, nunca mais. Cumpro essa
promessa até hoje e não me arrependi um só dia. Para preencher esse tempo
durante o qual a família toda estava hipnotizada diante da TV, eu lia. Comecei
a ler muito, e certa vez li um romance sobre um agente da KGB que traiu a União
Soviética fornecendo informações para os Estados Unidos. Talvez ele possa ser
descrito como um espião espião. Dentro dos detalhes da história, que, além de
descrever as agruras da pena e do interrogatório do espião traidor, também continha
ações cotidianas dos russos, pude perceber que o que o meu professor (aquele
que desmascarou o socialismo) descreveu se confirmava. O uso de vales no lugar
de salário, o comércio negro dentro do qual as mulheres se vendiam por um vale
de frango a mais, a miséria, a corrupção. Nada naquele livro me levava a crer
que um cotidiano daqueles um dia resultaria num sistema de coabitação perfeita.
Meu filho (acho que não citei antes que ele atualmente tem
18 anos) também passou pela doutrinação ideológica. Ele comentou comigo durante
um almoço num domingo: “meu professor falou sobre o comunismo e eu achei que
faz muito sentido”. Três horas de conversa sincera rebatendo todos os
argumentos que o professor dele usou, e ele já pensava diferente.
Um dos argumentos mais simples: não há como os homens
viverem como iguais porque os homens não são iguais. Somos todos diferentes uns
dos outros. Pensamos diferente, sentimos diferente, agimos de modo diferente
uns dos outros.
Uma vez uma professora minha, na universidade, disse que,
admirando um formigueiro, perguntou-se por que os homens não poderiam ser
iguais às formigas, que trabalhavam naturalmente e harmonicamente em
comunidade. Eu tenho uma resposta simples para isso: Porque não somos formigas!
Nem sequer evoluímos de formigas! Somos resultado da evolução de símios
(macacos), que, com o perdão da palavra, deve ser a espécie mais filha da puta
da natureza. É isso que somos!
Outro argumento, usado pelo professor dele, é que deveria se
fazer uma despersonalização das pessoas para que elas aceitassem as ideias
comunistas e vivessem em harmonia nesse mundo lindo. Ora você vai
despersonalizar as pessoas contra a vontade delas para que elas vivam como
robôs automatizados numa sociedade perfeita, vai tirar delas os desejos, os
prazeres, e acredita estar fazendo isso para o benefício delas? Espera aí, devo
ser muito burra porque não acompanhei o raciocínio...
Cuidado, seu filho pode estar sendo vítima dessa
despersonalização quando dizem que não nascemos homem nem mulher, todo mundo é
igual, quando dizem que você não pode chamar um negro de negro, quando você não
pode chamar um gordo de gordo, essa história de politicamente correto. Na minha
opinião deve-se reforçar a personalidade, a identidade da pessoa, se você é
negro e gordo deve ter consciência do que você é (negro e gordo) e se orgulhar
disso, porque você é um ser único na natureza e deve se orgulhar do que é. Não
poder falar que algo é algo, é o que torna um simples adjetivo em algo
pejorativo.
Muito cuidado com a engenharia social praticada na nossa
sociedade, especialmente nas escolas. Trata-se de utilizar as atuais
descobertas a respeito de psicologia e neurologia no sentido de utilizá-las
para persuadir, enganar, manipular. Na verdade, o querem é programá-lo como a
um computador. Com a metodologia correta, não somente um computador, mas uma
pessoa pode ser hackeada. Mais
informações sobre engenharia social podem ser encontradas nesses links:
Enfim, para finalizar essa enorme argumentação, conversem
com seus filhos sobre essas três ameaças que atualmente assolam nosso país. E
boa sorte!