sexta-feira, 20 de maio de 2016

PAREM O MUNDO PARA MIM? SÓ POR HOJE?


Enquanto espasmos sacodem seu corpo parecendo querer expulsar o estômago pela boca, o ID grita:
- Devolvam meu filho, ele era meu bebê, ele era MEU!
O SUPEREGO escuta de longe e desabafa com o EGO:
- Ele já é adulto e precisa seguir seu próprio caminho. Sua escolha lhe trará uma melhora de vida. Ele vai aprender muitas coisas e vai amadurecer cada vez mais.
Mas o ID está inconsolável, e berra a plenos pulmões:
- Eu quero o meu bebê, eu quero poder aquecê-lo e acalentá-lo. Eu quero poder verificar se ele não se descobriu enquanto dorme. Eu quero fazer as comidas que ele mais gosta.
E o SUPEREGO, mais uma vez, pondera:
- Ele foi para um país mais desenvolvido, onde não corre o risco de receber uma bala perdida, onde não corre o risco de ser assaltado a qualquer hora do dia e ainda ser morto, mesmo tendo entregue tudo o que tinha. Lá ele terá uma educação de qualidade, possibilidade de empregos com melhores salários, segurança, qualidade de vida, bons exemplos para seguir. Fará boas amizades.
O EGO ainda completa:
- E, talvez, um dia, ele volte!
O ID insiste, rosto coberto de lágrimas, narinas assadas pela fricção do papel rústico:
- Eu não quero saber, eu quero o meu bebê. Ele me completa! Cortar o cordão umbilical psicológico é doloroso demais!

Daí a gente toma um remedinho... E coloca todos eles para dormir.


segunda-feira, 16 de maio de 2016

SEXO, DROGAS E COMUNISMO


1.     O HOMEM

O homem é um ser biopsicossocial, o que significa que seu comportamento é influenciado pelas instâncias biológica, psicológica e social.
A instância biológica apresenta-se através de toda a estrutura e funcionamento do corpo humano, com todos os seus aparelhos, como digestório, circulatório, neurológico, endócrino, etc.
A instância psicológica inclui vivências, traumas, experiências pelas quais passamos e que são interpretadas de modo individual. Ou seja, enquanto na instância biológica o organismo tende a funcionar de forma metódica, na instância psicológica cada pessoa pode reagir de maneira diferente diante da mesma experiência. Por exemplo, uma pessoa que leve um choque elétrico vai ter uma série de reações fisiológicas que são praticamente iguais em todas as pessoas, e que, dependendo da intensidade do choque, pode levar até à morte. Porém, sobrevivendo ao choque, essa pessoa pode reagir de várias maneiras: chorar, paralisar, rir de si mesmo, ficar com raiva, xingar, etc.
A instância social abrange todos os relacionamentos que temos dentro do círculo social, com as pessoas que convivemos. A necessidade de aprovação e de pertencimento faz com que o homem valorize muito a opinião de seus semelhantes. O modo como o grupo reage a uma pessoa interfere diretamente no comportamento dessa pessoa. Do âmbito social nasce a cultura. Segundo Edward B. Tylor, a cultura é um complexo que inclui o conhecimento, as crenças, a arte, a moral, a lei, os costumes e todos os outros hábitos e capacidades adquiridos pelo homem como membro da sociedade. Para Freud a cultura é a responsável pela formação do superego, que é exatamente a introjeção dos valores recebidos dos pais e da sociedade a fim de receber amor e atenção.

2.     O SEXO

Pensando isoladamente na biologia o sexo foi desenvolvido pela natureza para assegurar ao homem um preceito garantido a todos os seres vivos, animal ou vegetal: a perpetuação da espécie.
A busca pela perpetuação se dá de maneiras parecidas ou diferentes dentre as mais variadas espécies existentes no planeta Terra.
No homem ela aparece no funcionamento dos sistemas reprodutor masculino e feminino que, trabalhando de modo diferente em cada sexo, garantiu até hoje que a espécie humana não fosse extinta.
A produção de hormônios presente no organismo masculino, especialmente a testosterona, é responsável tanto pela produção de espermatozoides como pelos impulsos sexuais. Um índice de testosterona abaixo do normal pode levar, dentre outras consequências, à redução da fertilidade e à diminuição da libido, ou seja, do desejo sexual.
Os hormônios femininos, progesterona e estrógeno são responsáveis pela regularidade do ciclo menstrual, dentro do qual acontece a ovulação. O aumento súbito da produção de estrógeno leva à ovulação, que vem acompanhada de maior sensibilidade a odores e aumento do desejo sexual.
Esquecendo a cultura, valores e crenças, olhando somente para o lado biológico, parece que a natureza armou o ser humano para garantir a perpetuação da espécie. Inclusive munindo o homem com hormônios que o levam a ter impulsos sexuais mais frequentemente que as mulheres. Parece que a natureza preparou o homem para fecundar várias mulheres, enquanto as mulheres foram preparadas para carregar e nutrir a prole.
Psicologicamente a natureza presenteou o ser humano com o orgasmo. Algumas pessoas afirmam que a função do orgasmo seria somente de facilitar a fecundação. No homem o orgasmo, obviamente, serviria para liberar os espermatozoides. Já na mulher os movimentos orgásticos serviriam para facilitar a condução do espermatozoide até o óvulo. Porém, após a resolução do orgasmo, há um aumento da produção de um neurotransmissor chamado serotonina, que tem uma ação sedativa e calmante, levando a aquela sensação de bem-estar que normalmente ocorre nesse momento.
Na Teoria do Reforço, formulada por Skinner, o comportamento das pessoas pode ser influenciado e controlado através do reforço (recompensa) dos comportamentos desejados. Parece que a natureza percebeu isso antes de Skinner, afinal ela equipou a atividade sexual, responsável pela preservação da espécie, com um ótimo reforço, o orgasmo e a sensação de prazer.
Socialmente, as mais variadas culturas modificaram muito o comportamento sexual do ser humano. Houve épocas nas quais o relacionamento sexual era absolutamente reprimido, como no ocidente durante a Idade Média. Já várias culturas orientais incentivavam um homem a ter várias mulheres. Cada comportamento cultural tem razões específicas que não cabe aqui aprofundar.
Hoje o comportamento considerado normal dentro da sociedade ocidental é um homem e uma mulher compartilhando a mesma casa, com direitos legais de compartilhar (ou não) os bens e herança da família e que não tenham relacionamentos paralelos (fidelidade). Embora esse modelo esteja sendo bastante questionado na atualidade.

3.     DROGAS

Droga é qualquer substância capaz de modificar a função dos organismos vivos, resultando em mudanças fisiológicas ou de comportamento. Sua história confunde-se com a história do próprio homem. Segundo registros, elas existem desde os primórdios da experiência humana e eram usadas para os mais variados fins, desde a cura de doenças até a busca das sensações de humor, paz ou excitação.
Falaremos aqui das drogas ilícitas.
Biologicamente o efeito das drogas acontece no Sistema Nervoso Central, modificando as atividades psíquicas. As drogas depressoras, como o álcool, o ópio, a morfina e a heroína, diminuem a atividade do sistema nervoso atuando em neurotransmissores específicos. As drogas alucinógenas, como o LSD, o ecstasy e a maconha, ocasionam uma modificação da percepção em maior ou menor grau. As drogas estimulantes, como a cocaína, o crack e as anfetaminas, produzem aumento da atividade pulmonar, diminuem a fadiga e deixam os sentidos mais ativados.
O uso de drogas leva à dependência física, caracterizada por necessidade de doses cada vez mais altas para atingir a mesma sensação das primeiras, e pela síndrome de abstinência, reações desagradáveis no organismo causadas pela ausência da droga. Dentre os sintomas da síndrome de abstinência estão tremores, ansiedade, alterações cardiovasculares, febre, alucinações, sudorese, insônia, náuseas e dores generalizadas.
As drogas também causam dependência psíquica. Como o orgasmo, um dos efeitos das drogas é incentivar a produção de neurotransmissores que levarão a uma sensação de prazer. Ao conseguir atingir a sensação buscada ao se ingerir ou usar a droga, a pessoa recebe o reforço que a estimula a repetir a ação.
Além disso, outro reforço encontrado no uso de drogas é o sentimento de pertencer e de ser aceito dentro de um grupo.
Outra característica psicológica das drogas é o fato de que o usuário, ao utilizá-la, afasta-se de problemas que ele não quer, ou acredita ser inapto para enfrentar. Muitas pessoas também alegam usar drogas para esquecer algum fato desagradável de seu passado.
Socialmente as drogas tem várias finalidades. Em muitas culturas, especialmente a ocidental, é raro um grupo de amigos encontrar-se e não haver nenhuma espécie de droga presente, mesmo que seja algo com baixo teor alcoólico como a cerveja. A maioria das drogas são utilizadas durante ou antes de algum evento social. Até a nicotina pode ser usada com o argumento que a pessoa fica mais articulada e fala melhor com um cigarro entre os dedos.
Algumas pessoas costumam beber álcool ou até usar outras drogas para quebrar barreiras de timidez e tomar coragem de se aproximar de pessoas do sexo oposto ou de abordar algum assunto polêmico.
O meio social também influencia quando a pessoa deseja afastar-se da droga, seja ela qual for. Normalmente essa pessoa tende a abandonar o grupo social com o qual costumava usar a droga e passa a participar de outro. Quando isso não acontece a tendência é que a proximidade da droga e do ambiente no qual ela era usada o estimule a voltar a usá-la.

4.     COMUNISMO

Comunismo é uma ideologia política e socioeconômica que pretende promover o estabelecimento de uma sociedade igualitária, sem classes sociais e apátrida, baseada na propriedade comum dos meios de produção. Seria a etapa final do socialismo, sendo este uma série de filosofias econômicas e políticas que teriam como finalidade implantar o comunismo. O socialismo seria, então, o caminho para se chegar ao comunismo.
Dentro do socialismo existem várias correntes filosóficas que pretendem, cada uma a seu modo, chegar ao comunismo. Ao longo da história, em vários países, houveram tentativas de implementação do socialismo, mas nenhuma delas, até hoje, conseguiu chegar ao comunismo, afinal, nenhuma delas conseguiu abolir o Estado.
Grosso modo, ao instalar-se o socialismo num país, a intenção é de estatizar todos os meios de produção (fábricas, fazendas, etc.) e distribuí-los igualmente entre a população.
O teórico mais conhecido é Karl Marx, que deixou vários conceitos, dentre eles estão alienação e mais-valia. Porém o mesmo não fornece uma descrição detalhada de como o comunismo poderia funcionar como sistema econômico.
O primeiro país no qual foi instalado o socialismo foi a União Soviética, em 1917, pelas mãos de Vladimir Lenin, no qual chegou-se a 20 milhões de mortos por consequência do sistema, sendo que 10 milhões dessas mortes ocorreram durante o governo de Joseph Stalin, com a grande fome de 1923-1933, a perseguição política e a expansão dos Gulags (campos de concentração para onde eram enviados os inimigos políticos do governo).  Hoje chama-se Rússia, onde a primeira eleição direta de sua história ocorreu em 1991, com a falência do sistema socialista.
A China tornou-se socialista em 1949 tendo como chefe supremo Mao Tsé-tung. Lá se contabiliza 65 milhões de mortes através do que se chamou de expurgos ou purificação. Dentro desse processo a regra era eliminar (matar) todos os latifundiários e suas famílias, os religiosos e os contrarrevolucionários, ou seja, qualquer um que se obstivesse ao sistema. Também eram condenados a morte qualquer um suspeito de envolvimento com prostituição, jogatina, sonegação, mentira, tráfico de ópio, ou de contar segredos do Estado.
Antonio Gramsci foi um jornalista italiano de tendências marxistas que fundou o Partido Comunista da Itália. Gramsci criou a teoria da hegemonia cultural, que descreve como o Estado deve usar as instituições culturais para conservar o poder. Dentre os principais pontos de sua teoria está a necessidade de criar intelectuais provenientes da classe trabalhadora que ele denominava intelectuais orgânicos. Para ele, a instauração de um regime comunista não podia se dar pela força, mas infiltrando-se, lenta e gradualmente, a ideia revolucionária, sem jamais admiti-lo, sempre pela via pacífica, legal, constitucional, entorpecendo consciências e massificando a sociedade com propaganda subliminar.
Seguindo a teoria de Gramsci, no Brasil, percebemos o domínio das ideias socialistas especialmente na cultura e na educação. Muitas novelas, filmes, músicas, peças teatrais, entre outros, têm viés socialista. Vemos essa tendência também dentro das escolas, nos livros indicados pelo Ministério da Educação, no Plano Nacional de Ensino, nas questões que fazem parte do ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio), sendo que este último direciona os conteúdos à serem ensinados no ensino médio. Nas universidades o conteúdo socialista está explícito, mesmo nas particulares, além de haver professores que doutrinam abertamente.

5.     SEXO, DROGAS E COMUNISMO

Tudo isso exposto, posso, então, adentrar no assunto que me fez começar a escrever.
A maioria de nós temos filhos ou pretendemos tê-los. Todos sabemos que eles estarão expostos, inevitavelmente, a essas três coisas. É claro que estarão expostos a muitas outras situações ao longo de suas vidas, mas essas são inevitáveis, e a minha intenção é abordar esse assunto.
O sexo, como fator natural e forte no sentido de perpetuador da espécie, será certamente experienciado por praticamente todos os nossos filhos. É interessante, inclusive, pensar em como muitos pais abominam pensar na ideia de que suas filhas fazem sexo, mas adoram os netos que têm ou gostariam de ter.
Desde os tempos mais primórdios os pais falam de sexo com os filhos, seguindo as crenças e hábitos de cada família, conforme sua própria cultura e dentro da idade que acharem mais adequada. Há algum tempo a escola também tomou para si essa função.
Eu estudei nos anos 80 e aprendi, nas aulas de biologia, a respeito do funcionamento dos sistemas reprodutores, das doenças sexualmente transmissíveis e dos métodos anticoncepcionais.
Hoje acredito que a coisa está extrapolando um pouco com algumas escolas querendo ensinar sobre sexo na pré-escola e as práticas que tem como finalidade orientar sobre tendências hetero ou homossexuais. E muitas vezes não se limitam a simplesmente ensinar o conceito, mas usam dinâmicas que, na minha opinião, podem influenciar os alunos.
Pode ser paranoia minha, mas percebo, através de observação empírica, que após estas práticas terem início nas escolas, os adolescentes vêm tendo muitas dúvidas sobre sua própria identidade sexual.
Além disso, um comportamento sexual fora do considerado comum na nossa sociedade, parece estar sendo bastante reforçado nos últimos tempos, e aí podemos nos lembrar do tio Skinner novamente.
Acho especialmente importante orientar as crianças em relação ao risco de uma abordagem por parte de um pedófilo. Para isso não é necessário explicar o que é sexo, quais as suas funções, etc. É importante que se oriente que se alguém tocar na criança, se mostrar certas partes do corpo, se ameaça-la por qualquer motivo, que ela conte aos pais e que confie neles pois são eles as pessoas que mais a amam no mundo e as mais capazes de protege-la.
Apresentei, no início, a função natural do sexo heterossexual, biologicamente falando, como responsável pela perpetuação da espécie. Algumas pessoas apresentam provas que há comportamento homossexual entre outras espécies, o que já caracterizaria uma função psicológica, talvez pela necessidade do reforço do orgasmo na ausência de uma fêmea disponível.
Porém o comportamento pedófilo entre animais, segundo minhas pesquisas, somente foi observado entre os macacos bonobos, mesmo assim não foram dados detalhes de como esse comportamento acontece e qual a idade do filhote envolvido.
Biologicamente, os meninos estão entrando na puberdade, quando os hormônios sexuais passam a ser produzidos pelo organismo, entre 13 e 16 anos, e as meninas, entre 12 e 15 anos de idade. Somente a partir daí eles estão prontos para iniciarem atividades sexuais. Qualquer coisa que aconteça antes dessa idade considero crime. Crime sim, pois se há vítima, há crime. Sim, vítima, pois, para mim, alguém que não está fisicamente maduro para uma função e não tem conhecimento a respeito disso, sendo literalmente abusada, é vítima de uma violência.
A feminista Shulamith Firestone escreve em seu livro “A dialética do sexo”, publicado em 1976, que para assegurar a eliminação das classes econômicas, seria preciso a revolta da classe baixa (o proletariado) e, numa ditadura temporária, a tomada dos meios de produção. Do mesmo modo, para assegurar a eliminação das classes sexuais, seria preciso a revolta da classe baixa (as mulheres) e a tomada do controle da reprodução. Ela afirma ainda que assim como a meta final da revolução socialista não era apenas a eliminação do privilégio da classe econômica, mas também a própria extinção da classe econômica, também a meta final da revolução feminista deve ser não apenas a eliminação do privilégio do homem, mas também da própria extinção sexual: as diferenças nada mais significariam culturalmente. Segundo ela, teríamos uma volta a uma pansexualidade livre, e a “perversão polimorfa” provavelmente substituiria a hetero, a homo e a bissexualidade.
“Nossa meta final deve ser a eliminação das próprias condições da feminilidade e da infância, que hoje conduzem a essa aliança dos oprimidos, abrindo caminho para a condição humana totalmente humana” (FIRESTONE, 1976, p. 123).
Ideias como as de Firestone têm incentivado alguns pedófilos a admitirem suas tendências e a questionarem os limites morais de nossa sociedade. Essa semana mesmo assisti um vídeo no Youtube no qual um rapaz que dizia ter 23 anos defendia a pornografia infantil e argumentava que uma menina de 6 anos ou menos deveria ter a liberdade de desfrutar do prazer sexual. Partindo, também, de ideias assim, criou-se uma linha na psicologia social que defende que o pedófilo não é um criminoso, mas sim doente. Sendo assim, segundo esses psicólogos, o pedófilo deve receber tratamento ao invés de ser preso. Repito o que escrevi acima, para mim, se há vítima, há crime. Se precisam de tratamento que o recebam na cadeia, longe das crianças. Afinal, um assassino em série não fica fora da cadeia por ser psicopata, mesmo a psicopatia sendo reconhecida como doença.
Em relação às drogas, tenho certeza que todos conversamos com nossos filhos a respeito de drogas. “Fique longe, não aceite, sempre diga não”. Lembro-me que meus pais não falavam no assunto, mas temiam, pois nos colocavam medos absurdos. Certa vez minha mãe me disse para não pegar nenhuma bala das mãos de um menino, e para não dizer que poderia ser droga, o que levaria a uma longa conversa, incomum naquela época, ela me disse que se eu aceitasse e chupasse uma bala oferecida por um menino, poderia engravidar.
Eu era adolescente nos anos 80, meus pais nasceram na década de 40, foram jovens na de 60. Era uma época diferente. Os pais não diziam “eu te amo”, mas a gente sabia que eles amavam.
Eu estudava em uma escola pública pertinho da minha casa. Nós saberíamos a quem pedir se quiséssemos drogas. Eu nunca experimentei. Quando me ofereceram eu não quis, quando passava pelas angústias da adolescência e estava vulnerável, por sorte, não havia nenhum deles por perto.
Com meu filho foi fácil, sempre conversei muito com ele. Como eu trabalhava muito, tinha pouco tempo para ficar com ele. Por isso desde seus 2 anos de idade tirávamos um tempo para ficarmos juntos, nem que fosse meia hora por dia. Ao longo da nossa história esse tempo teve várias denominações: hora da pipoca, hora do sorvete, hora do desenho, hora do seriado, etc. Os nomes variavam, mas invariavelmente usávamos esse tempo para conversarmos sobre nossa experiência ao longo do dia. E não era só ele que falava, não, muitas vezes era eu que tinha necessidade de contar o que tinha acontecido comigo naquele dia. Nessas conversas o orientei sobre muitos assuntos e ele me deu muitas dicas, dicas que me calavam em sua simplicidade. Por exemplo, eu reclamava do comportamento de alguém e ele simplesmente dizia “não sei porque você se deixa afetar pelo comportamento dessa pessoa, você sabe que ele sempre foi assim”! Ás vezes ele me falava com naturalidade, “fulano me convidou para ir à casa dele, mas eu não vou, não, todo mundo sabe que ele fuma maconha”.
Eu não tenho uma opinião formada sobre a liberação da maconha. Já ouvi argumentos bons dos dois lados, os contra e os a favor. Tendo a ser contra, por observar os danos que as drogas liberadas já causam em nossa sociedade. Além disso, sempre penso que talvez algumas pessoas ligadas ao governo pressionem tanto para liberar a maconha porque é muito mais fácil governar uma nação emaconhada do que uma nação com cidadãos conscientes que reivindicam seus direitos.
Para quem achava que sexo (antes da idade “ideal”) e drogas eram as maiores ameaças às quais seus filhos estão expostos, este é um grande engano.
A ideologia socialista/comunista está entranhada nas escolas e na cultura brasileira. E a ameaça vem de pessoas que nós respeitamos e ensinamos nossos filhos a respeitarem, os professores. Óbvio que não são todos, mas muitos fazem isso, sim. Não sei se o fazem conscientes ou não, com más ou boas intenções, mas o fazem.
A ideologia comunista impregnada na sociedade brasileira faz uso da persuasão, muitas vezes abusando da ingenuidade e da confiança das crianças e adolescentes, levando-os a comportamentos que muitos deles não saberiam descrever o motivo. Além do mais, a adolescência é uma fase na qual há a predisposição ao culto de mitos. O socialismo tem como características adorar seus líderes como se fossem deuses (mitos).
Para mim, subverter adolescentes a qualquer ideologia, sejam ela qual for, é uma violência equivalente à pedofilia. É abusar da ingenuidade de alguém. Pensando melhor, é uma violência pior do que a pedofilia, afinal o adolescente jamais vai admitir que foi vítima, afinal ele sabe tudo, entende de tudo, melhor que qualquer pessoa mais experiente que ele... (sendo irônica).
Duas experiências me levaram a nunca ceder às ideias socialistas. Sim, tive professores que mostravam a ideologia comunista como algo lindo, o país no qual essa ideologia fosse implantada seria um paraíso livre das mazelas do mundo. Porém um dos meus professores do ensino fundamental, que na época se chamava ginásio, nos constou de que realmente se tratava o socialismo. Descreveu o que acontecia na União Soviética e em Cuba. Estávamos nos anos 80, em plena guerra fria, a Rússia ainda era comunista, o muro de Berlim ainda estava em pé. Ele nos mostrou o outro lado e nos deu a chance de escolher em que acreditar conhecendo todos os fatos, coisa que não sei se acontece hoje, mas desconfio que só as “benesses” socialistas são apresentadas aos nossos estudantes.
Naquele tempo não havia computadores, internet, google, nem celulares. Era difícil conferir a veracidade de uma informação.
Durante a novela Roque Santeiro, que teve início em 1985, após a morte do personagem do Maurício Mattar (a quem eu achava lindo!), fiquei com raiva e decidi que não iria mais assistir TV, nunca mais. Cumpro essa promessa até hoje e não me arrependi um só dia. Para preencher esse tempo durante o qual a família toda estava hipnotizada diante da TV, eu lia. Comecei a ler muito, e certa vez li um romance sobre um agente da KGB que traiu a União Soviética fornecendo informações para os Estados Unidos. Talvez ele possa ser descrito como um espião espião. Dentro dos detalhes da história, que, além de descrever as agruras da pena e do interrogatório do espião traidor, também continha ações cotidianas dos russos, pude perceber que o que o meu professor (aquele que desmascarou o socialismo) descreveu se confirmava. O uso de vales no lugar de salário, o comércio negro dentro do qual as mulheres se vendiam por um vale de frango a mais, a miséria, a corrupção. Nada naquele livro me levava a crer que um cotidiano daqueles um dia resultaria num sistema de coabitação perfeita.
Meu filho (acho que não citei antes que ele atualmente tem 18 anos) também passou pela doutrinação ideológica. Ele comentou comigo durante um almoço num domingo: “meu professor falou sobre o comunismo e eu achei que faz muito sentido”. Três horas de conversa sincera rebatendo todos os argumentos que o professor dele usou, e ele já pensava diferente.
Um dos argumentos mais simples: não há como os homens viverem como iguais porque os homens não são iguais. Somos todos diferentes uns dos outros. Pensamos diferente, sentimos diferente, agimos de modo diferente uns dos outros.
Uma vez uma professora minha, na universidade, disse que, admirando um formigueiro, perguntou-se por que os homens não poderiam ser iguais às formigas, que trabalhavam naturalmente e harmonicamente em comunidade. Eu tenho uma resposta simples para isso: Porque não somos formigas! Nem sequer evoluímos de formigas! Somos resultado da evolução de símios (macacos), que, com o perdão da palavra, deve ser a espécie mais filha da puta da natureza. É isso que somos!
Outro argumento, usado pelo professor dele, é que deveria se fazer uma despersonalização das pessoas para que elas aceitassem as ideias comunistas e vivessem em harmonia nesse mundo lindo. Ora você vai despersonalizar as pessoas contra a vontade delas para que elas vivam como robôs automatizados numa sociedade perfeita, vai tirar delas os desejos, os prazeres, e acredita estar fazendo isso para o benefício delas? Espera aí, devo ser muito burra porque não acompanhei o raciocínio...
Cuidado, seu filho pode estar sendo vítima dessa despersonalização quando dizem que não nascemos homem nem mulher, todo mundo é igual, quando dizem que você não pode chamar um negro de negro, quando você não pode chamar um gordo de gordo, essa história de politicamente correto. Na minha opinião deve-se reforçar a personalidade, a identidade da pessoa, se você é negro e gordo deve ter consciência do que você é (negro e gordo) e se orgulhar disso, porque você é um ser único na natureza e deve se orgulhar do que é. Não poder falar que algo é algo, é o que torna um simples adjetivo em algo pejorativo.
Muito cuidado com a engenharia social praticada na nossa sociedade, especialmente nas escolas. Trata-se de utilizar as atuais descobertas a respeito de psicologia e neurologia no sentido de utilizá-las para persuadir, enganar, manipular. Na verdade, o querem é programá-lo como a um computador. Com a metodologia correta, não somente um computador, mas uma pessoa pode ser hackeada. Mais informações sobre engenharia social podem ser encontradas nesses links:
Enfim, para finalizar essa enorme argumentação, conversem com seus filhos sobre essas três ameaças que atualmente assolam nosso país. E boa sorte!