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quinta-feira, 18 de agosto de 2016
Psicologia do Desenvolvimento e Teorias da Aprendizagem - Autores
Preparei, também, a pedido da Professora Diva, esse resumo sobre os teóricos estudados nesse semestre, para que os alunos comecem a familiarizarem-se com eles.
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quarta-feira, 17 de agosto de 2016
Psicologia do Desenvolvimento e Teorias da Aprendizagem - Aula 1
Preparei, a pedido da Professora Diva, esse resumo (com esqueminha) com as teorias de aprendizagem para a primeira aula de PDTA (Psicologia do Desenvolvimento e Teorias da Aprendizagem) do segundo semestre de Psicologia/2016. Sejam bem vindos calouros e veteranos!
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TEORIAS
DA APRENDIZAGEM
Psicologia
é a ciência que estuda o comportamento e o pensamento humanos.
Busca saber como a experiência afeta o pensamento e a ação;
explora os papéis da biologia e da hereditariedade; examina a
consciência e os sonhos; acompanha como se dá a transformação de
crianças em adultos; investiga as influências sociais. Basicamente,
tenta explicar como as pessoas pensam, agem e sentem.
Pergunte
a qualquer pessoa o que é aprendizagem e a resposta mais frequente
terá algo a ver com aquisição de informação. Se eu lhe disser
que aquele pássaro ali é um pintassilgo, e na próxima vez que você
vir esse pássaro, identificá-lo corretamente como um pintassilgo,
eu poderia concluir que você aprendeu algo. Perceba que seu
comportamento mudou como resultado da experiência.
Os
psicólogos buscam evidência da aprendizagem nas alterações que
ocorrem no comportamento das pessoas, como resultado da experiência.
Entretanto, nem todas as mudanças comportamentais são exemplos de
aprendizagem. As mudanças de com-portamento que são resultado
temporário de cansaço ou ingestão de drogas, por exemplo, não
ilustram a aprendizagem. Da mesma maneira, as mudanças
biologica-mente determinadas, como o crescimento ou a maturação
sexual, ou as que resultam de lesão ou doença (especialmente no
cérebro ou em outras partes do sistema nervoso) não são exemplos
de aprendizagem.
Em
suma, aprendizagem
é definida como toda mudança relativamente per-manente no potencial
de comportamento, que resulta da experiência, mas não é causada
por cansaço, maturação, drogas, lesões ou doença.
No sentido estrito, claro, a aprendizagem não é definida pelas
mudanças reais ou potenciais no comportamento. Em vez disso, a
aprendizagem é
o que acontece ao organismo como resultado da experiência.
As mudanças comportamentais são simplesmente evidências de que a
aprendizagem ocorreu.
Note
que a definição especifica mudanças no potencial para o
comportamento, e não simplesmente mudanças no comportamento. Por
quê? Porque os efeitos perma-nentes da experiência nem sempre são
aparentes.
A
tarefa principal dos psicólogos da aprendizagem é entender o
comportamen-to e a mudança comportamental. Para entender algo tão
complicado quanto o compor-tamento, os psicólogos precisam
simplificar a fim de descobrir a regularidade e a pre-visibilidade e
para inventar metáforas (comparações). O homem procura ordem onde
não há nenhuma, disse Francis Bacon. Descobrir essa regularidade e
tentar explicá-la é construir uma teoria. “Teorias são
afirmações sistemáticas de princípios que explicam os fenômenos
naturais”, afirmam Sommer e Sommer (2002, p. 3).
Os
homens gostam de construir teorias,
diz Stagner (1988). Anos atrás, eles urdiram teorias sobre as luzes
no céu, sobre por que os bebês se parecem com os pais, sobre o
formato da Terra. Geralmente essas teorias eram expressas em
metáforas: o Sol é uma carruagem que atravessa os céus; sonhos são
as aventuras da alma que anda em mundos paralelos enquanto o corpo
dorme. As modernas teorias científicas também podem ser explicadas
com metáforas e entendidas como tal: o coração é uma bomba; o
cérebro, um computador; o olho, uma câmera.
Teoria
científica
é um conjunto de afirmações relacionadas, cuja princi-pal função
é resumir e explicar as observações feitas. De uma maneira bem
sim-ples, a construção de uma teoria funciona assim: os teóricos
partem de certas hipóteses (crenças não comprovadas) sobre o
comportamento humano, com base, talvez parcialmente, em suas
observações sobre a regularidade e a previsi-bilidade do
comportamento. Como resultado, desenvolvem explicações sobre o que
observam, o que os leva a acreditar que certas relações existem –
se isso, então aquilo. Essas afirmações se-então ou as previsões
fundamentadas, são cha-madas de hipóteses.
Isso posto, o teórico vai em busca de observações (dados) para
testar a validade das hipóteses. Como lembra Sommer e Sommer (2002),
é extremamente importante, na pesquisa científica, que as hipóteses
possam ser testadas. Hipóteses não testáveis não têm lugar nas
teorias científicas. As hipóte-ses fundamentadas em evidências
permitem aos teóricos fazer generalizações – afirmações que
resumem as relações e se tornam parte integrante da teoria. Algumas
dessas afirmações podem tomar a forma de princípios; outras são
expressas como leis; outras, ainda, acabam se tornando simples
crenças.
Princípios
são afirmações que se referem a alguma previsibilidade na natureza
ou, mais importante para a psicologia, no comportamento. Os
princípios da aprendizagem, por exemplo, descrevem fatores
específicos que afetam a aprendizagem e a retenção. É fato que
os pássaros procuram por comedouros no inverno; que os cachorros
alimentados, acariciados ou elogiados logo aprendem a rolar; que as
crianças recompensadas por terem estudado bastante, continuam a
fazê-lo. Entretanto, nem todas as crianças estudam mais mesmo
quando são elogiadas ou quando recebem notas altas; nem todos os
cachorros aprendem espontaneamente a rolar no chão para receber um
osso como recompensa; e alguns pássaros passam longe dos comedouros,
no inverno. Por definição, os princípios são probabilísticos e
incertos. Embora costumem representar conclusões consensuais, com
base em provas sólidas, são provisórios e estão sujeitos a
mudanças caso surjam novas evidências.
Isso
não se aplica às leis. Leis
são afirmações cuja exatidão está além da dúvida razoável.
São conclusões baseadas no que parecem ser observações inegáveis
e de lógica inquestionável. Ao contrário dos princípios, as leis,
por definição, não admitem exceções e dúvidas. A afirmação
E=mc² (Teoria da Relatividade de Einsten), por exemplo, é uma lei.
Crenças
são afirmações de caráter mais privado e pessoal do que os
princípios e as leis. Por exemplo, a ideia de que os ruivos são
mais propensos à raiva do que as pessoas morenas é uma crença, não
um princípio ou lei. As crenças se formam bem cedo na vida, destaca
Pajares (1992), e nem sempre estão apoiadas em observações
objetivas ou em uma lógica confiável. Por serem com frequência
errôneas ou grosseiramente incorretas, as crenças pessoais podem
ser muito perigosas na ciência.
Um aspecto que as teorias satisfazem é prover uma base para julgar a
exatidão ou a utilidade das crenças. A função mais importante de
uma teoria é simplificar e organizar as observações, e oferecer
uma base para previsões. A utilidade de uma teoria na psicologia
depende muito do quanto ela é capaz de prever.
Os
teóricos podem, entretanto, ter ideias diametralmente opostas sobre
o que é importante, de modo que um grande número de teorias emerge
na mesma área de investigação. Embora
sejam bem diferentes entre si, nenhuma é totalmente incor-reta, mas
algumas podem ser mais úteis do que outras. Em última análise, uma
teoria não pode ser avaliada em termos de certo ou errado. Deve, em
vez disso, ser julgada, principalmente, por sua utilidade.
Uma
das mais importantes tarefas da psicologia é determinar quais
crenças a respeito do comportamento humano fazem sentido. Como a
psicologia pode conseguir isso? A resposta pode ser dada numa única
palavra:
ciência.
Em
certo sentido, ciência
é o conjunto de informações relacionadas a um campo de estudo. A
ciência da física, por exemplo, é o conjunto de informações
relati-vas à natureza e às propriedades da matéria. A ciência da
psicologia é o conjunto de informações relativas à natureza e às
propriedades do pensamento e do comportamento humanos. A ciência
é a mais poderosa ferramenta da psicologia para separar o fato da
ficção.
A
ciência
insiste na objetividade, na precisão, na réplica; aceita como
válidas apenas aquelas observações coletadas de forma a permitir
que outros possam repeti-las em circunstâncias similares. Essa visão
da ciência resulta num conjunto claro de métodos para coletar
informação. Esses métodos, juntos, constituem o que se costuma
denominar de método científico. O método
científico
pode ser resumido em cinco regras:
1.
Fazer a pergunta.
2.
Desenvolver uma hipótese.
3.
Coletar observações relevantes.
4.
Testar a hipótese.
5.
Alcançar e compartilhar a conclusão.
As
teorias
da aprendizagem
resultam das tentativas feitas pela psicologia de organizar
observações, hipóteses, palpites, leis, princípios e conjecturas
feitos acerca do comportamento humano. Não surpreendentemente, as
primeiras teorias da aprendizagem eram, sob muitos aspectos, bem
mais simples do que as desenvolvidas recentemente. Elas foram
ganhando complexidade devido às novas descobertas e à constatação
de que não eram abrangentes. Ainda assim, as primeiras teorias
continuam a exercer forte influência sobre as teorias e a pesquisa
contemporâneas.
Dentre
as origens das teorias psicológicas contemporâneas, estão as
primeiras tentativas dos psicólogos de explicar o comportamento como
algo baseado nos instintos e na emoção. Os primeiros psicólogos –
por exemplo, William
James
e Edward
Bradford Titchener
– confiavam profundamente na introspecção (exame dos próprios
sentimentos e motivações, tomando-os como base para a
gene-ralização) como um meio para descobrir aspectos sobre o
comportamento e a aprendizagem humanos. Também o filósofo Descartes
usou esse enfoque no seu esforço de entender a natureza humana.
O
estabelecimento de um laboratório psicológico em Leipzig, na
Alema-nha, por Wilhem
Wundt,
em 1879, é considerado, por muitos, o início da psico-logia como
ciência. Embora Wundt e seus seguidores – tanto na Europa quanto
na América do Norte – tenham continuado a lidar com conceitos
mentais como consciência, sensação, sentimento, imaginação e
percepção, tentaram, ao mesmo tempo, aplicar os métodos objetivos
da ciência para estudá-los.
No
início dos anos de 1900, os psicólogos (especialmente nos Estados
Unidos) começaram a rejeitar temas difíceis e subjetivos como mente
e pensamento, em vez disso escolheram concentrar-se nos aspectos
mais objetivos do comportamento. Essa orientação ficou conhecida
como behaviorismo
e deu origem a teorias de aprendizagem envolvidas principalmente com
eventos objetivos, como estímulos, respostas e recompensas. Os
estímulos (condições que levam ao comportamento) e as respostas
(comportamento corrente), argu-mentam os teóricos behavioristas, são
os únicos aspectos do comportamento
que
podem
ser
observados;
daí, que são as variáveis objetivas que podem ser usadas para
desenvolver a ciência do comportamento. As teorias behavioristas
incluem as de Pavlov,
Watson e Guthrie; Thorndike e Hull; e Skinner.
Outras teorias, as que compartilham muitas crenças dos
behavioristas, mas usam mais conceitos biológicos ou mentais, servem
como transição para a segunda maior linha de atuação teórica –
o cognitivismo.
Os
psicólogos
cognitivos
estão interessados na atividade mental huma-na, e especificamente em
três dimensões dela: processamento de informação, representação
e autoconsciência (Mandler, 1985). As teorias da Gestalt,
com seu interesse na percepção e na consciência, são os primeiros
exemplos importantes das teorias cognitivas. Outros exemplos incluem
Bruner,
Piaget e Vygotsky.
Os
enfoques mais recentes sobre processamento de informação,
evidenciado nos modelos
computadorizados
de pensamento, assim como as investigações atuais sobre memória
e motivação,
são indiscutivelmente cognitivos. A principal importância da
distinção entre os enfoques behavioristas e cognitivos é que
permite uma classificação simples das explicações da aprendizagem
humana, o que facilita o entendimento, a lembrança e a aplicação
das teorias da aprendizagem.
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