Você descobre logo de início duas pessoas, sentadas uma diante da outra, numa reunião social. Estão descontraídas, mergulhadas em conversa mutuamente atraente. Instintivamente cruzam e descruzam pernas, tomam diversas posições de braços e tórax, uma praticamente imitando a outra. Isto sem dúvida é sinal de simpatia entre ambas. E tem mais, quem primeiro modificar a posição (logo a seguir imitada pela outra) é o líder momentâneo da conversa. (p. 43)
A regra é: USE o que você sabe e não se preocupe com a perfeição impossível! (p. 44)
O ser humano está fisiologicamente "afinado" para distinguir entre harmonia e desarmonia. (p. 58)
Mostra as palmas das mãos para cima: Aceitação, concordância. Segundo Dr. A.E. Scheflen, um dos cientistas que estuda essa matéria: "Sempre que uma mulher mostra a palma da mão, está cortejando você - quer ela o saiba ou não". (p. 67)
Talvez "Vida" e "Não Vida" nem sejam definições absolutas; um vírus é "vivo" no sentido de sua capacidade de multiplicar-se e reproduzir a sua própria espécie e nada mais - o primeiro passo do estado inanimado ao animado. É partícula incrivelmente pequena de matéria (por exemplo: o vírus da febre aftosa tem apenas 0.000.000.8 cm de diâmetro; numa única célula de um centésimo de milímetro de diâmetro caberiam mais de 50 milhões de vírus poliomielite).
Contudo, até o vírus sabe "distinguir" (mensagem química que seja, o que é antes classificação do que uma explicação) entre o ambiente favorável ou desfavorável à sua ação reprodutora. (p. 77)
O homem é programado para discernir, mas o hábito de atentar para as ferramentas-símbolos, chamadas palavras, afastou-o da percepção consciente total imediata do "aqui e agora". - Simpatia e antipatia, uma possível capacidade residual deste tipo de percepção. (p. 79)
Lembremo-nos que instintivamente desaprovamos gente que sempre desvia seu olhar do nosso, durante um diálogo, ou que, de mão inerte, não responde ao nosso aperto de mãos com igual aperto! (p. 82)
Observemos sobretudo as extremidades dos membros que passam a expressar nitidamente o tipo de ação imediato desejado pelo leão. (p. 100)
Esta divisão fa energia provavelmente explica por que, nos mais diversos cultos, o jejum e a abstenção sexual são levados em tão alta conta. Desliguem-se as chaves de ignição do boi e do leão e a mente pode receber mais energia. (p. 101)
A mão esquerda dele toma parte nisso - é a "mão do sentimento". A mão direita dele - a mão da ação" - já fala em agir, sugerindo que ela se aproxime mais. (p. 122)
Diz Freud que a ternura é um resultado de sublimação da energia. (p. 123)
Habitue-se, leitor, a perceber a inclinação do corpo das pessoas com quem conversa. Se está inclinado para trás, veja o contexto: pode estar simplesmente relaxando, confortavelmente descansando. (p. 124)
Novidade é o pé ancorado; procure observá-lo quando alguém teima em manter o seu ponto de vista numa discussão. (p. 124)
Se um ser humano está interessado em alguém ou algo, a inclinação do seu corpo tende a mostrar naturalmente esta sua inclinação emocional. (p. 126)
As pessoas que sentem a compulsão de gastar a sua energia em atividades orais (reais ou simbólica) mostram que sua "serpente" ficou fixada no nível do "boi", pois a boca, sendo a extremidade superior do aparelho digestivo, preservador do "pão de cada dia" da sobrevivência física, é um "representante do boi" na cabeça humana. (p. 130)
Como o homem do centro, o da esquerda no desenho também expressa "aguardo" pelo apoio dos cotovelos à mesa. Mas a mão esquerda ("do sentimento") está na boca no gesto receoso que é muito encontrado em pessoas pouco seguras de si e em cuja primeira infância encontramos pais excessivamente severos. (p. 132)
É o alvo fixo de toda uma coleção de regras de conduta ideal para a vida inteira que, desde a infância, nos foi inculcada na águia e guardada no boi e no leão. (p. 171)
Mas o meio e, mais particularmente, a sociedade bloqueiam estes impulsos ou, pelo menos, atrasam a sua descarga: só se pode mamar em certas horas, urinar em certos locais e ter relações sexuais com certas pessoas e em certas condições conhecidas de todos. (p. 173)
Os pais que são os principais agentes de repressão ou adiamento destas descargas passam aos poucos a ser "introjetados", isto é, passamos a assumir nós mesmos o papel deles; eles passam a existir em nós. Em vez de mamãe dizer: "Não defeque nas calças ou não urine na cama", há uma voz interior, que se torna inconsciente, é o que Freud chamou de superego. (p. 173)
Outra coisa importante para você "ler": O "tamanho da escrita" (vigor) e sua "caligrafia" (nitidez). (p. 187)
A ÁGUIA - Ama o raciocínio, o saber, a satisfação da sua curiosidade. (p. 194)
O LEÃO - Ama o sentimento, música, cores, poesia, forma. (p. 194)
O BOI - Ama os prazeres simples, aqueles que são importantes para a sobrevivência do ser humano: respirar o bom ar, fazer bater bem o sangue, dormir comodamente, beber e comer bem, defender bem o corpo de todos os perigos físicos e caprichar nos atos de excitação, cópula, fecundação, parto, amamentação etc., que visam à continuidade da família humana sobre a terra. (p. 194)
Então, embora tenha praticado os rituais socialmente exigidos que a águia conhece como casamento (e o boi não entende), na Dulcineia vive e treme um leão assustado. (p. 198)
O espaço social e pessoal humano, e a nossa percepção do mesmo, é assunto de um conjunto de observações e teorias da nossa ciência que Edward Hall, um dos seus notáveis pioneiros, batizou de proxemics em inglês; é ciência tão recente que ainda não há palavra simples, corrente em nossa língua, que lhe traduza o sentido. (p. 222)
Só podemos estar livres de estresse quando cada atitude psíquica nossa é acompanhada da sua correspondente atitude física ideal. (p. 223)
Logo nos lembramos da famosa afirmação do filósofo Pascal que dizia: "Ajoelha-te e crerás". Ele queria dizer que a nossa postura física influencia a nossa mente; ao nos ajoelharmos, adquirimos uma atitude mental de prece, de humildade, de introversão, de submissão do todos estes fatores que nos induzem a um comportamento religioso. (p. 265)
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